Uma das bandeiras do governo federal para dar acesso à casa própria, principalmente a Classe C, o programa “Minha Casa, Minha Vida” encontra dificuldades para novos empreendimentos no ABC. De acordo com o programa, a meta ideal é que o metro quadrado deve ser, no máximo, de R$ 3,9 mil. Na região, segundo agentes do mercado, a média é de R$ 4,1 mil. Em algumas cidades pode ser mais ou menos que isso.
Para se ter ideia, o metro quadrado em São Caetano, por exemplo, terrenos mais centrais, têm valor do metro quadrado de R$ 6 mil. Já em Mauá, mais distante da Capital, o custo médio é de R$ 3 mil. Ou seja, não é que faltem opções dentro do padrão. Elas estão mais distantes.
Santo André e São Bernardo, os dois principais mercados da região, têm o mesmo problema. Essas cidades, juntamente com São Caetano, até têm imóveis dentro desse parâmetro, mas são usados e estão fora do programa. Corretores que atuam nessas cidades dizem que podem contar as unidades que se destinam ou podem ter as características no “Minha Casa, Minha Vida”.
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Segundo os profissionais, o Grande ABC se valorizou muito nos últimos anos e as empresas preferem lançar imóveis de melhor padrão, que atendam mais o comprador das Classes A e B. Para muitos empreendedores, um imóvel de até R$ 190 mil é inviável. Uma ideia desse cenário é que, no Estado de São Paulo, foram vendidas mais de 376 mil unidades no programa em 2012. Dessas, apenas 4.175 foram n ABC, ou que 1% do total.
Mas, independentemente desse cenário, a Caixa Econômica Federal espera aumentar em 16% o número de unidades habitacionais do programa na região. Assim, das 4.175 em 2012, espera-se que sejam vendidas 4.843 em 2013.
O programa "Minha Casa, Minha Vida" enfrenta dificuldades para novos empreendimentos no ABC, onde o metro quadrado ultrapassa a meta ideal estabelecida. Com valores em média de R$ 4,1 mil, algumas cidades chegam a ter o metro quadrado de R$ 6 mil, dificultando o acesso à moradia para a Classe C. A região se valorizou nos últimos anos, levando empresas a priorizarem imóveis de padrão superior, fora do alcance da classe média. Apesar disso, a Caixa Econômica Federal planeja aumentar em 16% o número de unidades habitacionais do programa na região, buscando ampliar o acesso à moradia popular.