O déficit habitacional ainda é grande, mas é o menor índice nos últimos anos. É o que mostra a Nota Técnica Estimativas do Déficit Habitacional Brasileiro por Municípios, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A análise tem como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE), de acordo com dados do último Censo onde revela que a deficiência de moradias caiu de 5,6 milhões, em 2007, para 5,4 milhões de moradias em todo o País, em 2011. Foi uma queda de 12% em cinco anos.
Com exceção do Centro-Oeste, todas as regiões brasileiras mostraram recuperação. Mas não foi a falta de novos imóveis, mas o crescimento habitacional maior que não fez com que ocorresse queda. O Norte do País também teve maior crescimento habitacional, mas lá houve queda no déficit habitacional.
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As maiores quedas foram no Nordeste, assim como em municípios não-capitais. As grandes metrópoles, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador, na ordem, são as cidades com os maiores déficit, mas isso não interferiu no resultado geral.
Programas habitacionais do governo destinados às classes mais baixas, maior poder aquisitivo da população e melhor acesso às linhas de financiamento públicas e privadas podem ser apontadas como os principais fatores dessa redução.